
Imagem do blog do deputado estadual Pedro Tobias. Na foto, Nélson está ao lado do deputado durante entrevista feita pela TV Câmara.
Aos 40 anos de idade e 16 de profissão, o jornalista Nélson Gonçalves (repórter do tradicional Jornal da Cidade, publicação consolidada em Bauru há mais de quatro décadas), concede por e-mail entrevista ao Blog da Casa.
Nascido em Itaberá (SP), a 231 quilômetros da cidade do sanduíche, ele afirma, sem titubear, que se pudesse voltar atrás estudaria Jornalismo de novo. “Mas, logo em seguida, ingressaria em Direito”, completa.
Além do JC, Nélson também trabalha na TV Câmara de Bauru e tem relação estreita com o tema política. Conhecido por fazer suas coberturas com certa acidez, em respostas pontuais ao Blog da Casa o jornalista deixa transparecer um pouco do seu perfil pessoal, especialmente no nosso ping-pong, falando de medos, amores e desafios. Confira.
Ficha técnica
Nome completo: Nélson Gonçalves
Pseudônimo: (sem)
Formação (área e local): Comunicação social /Unesp Bauru - jornalismo
Casado? não
Filhos? sim (1)
Signo? touro
Blog da Casa/ Elaine de Sousa - Você começou no Jornalismo em que área?
Nelson Gonçalves - Comecei escrevendo em revistas de comportamento que compõem a Editora Alto Astral e, em seguida, em meados de 1993, ingressei no Jornal da Cidade como
revisor (função que não existe mais na redação).
Blog da Casa/ Elaine de Sousa - Desde quando cobre política?
Nélson Gonçalves - Desde junho de 1996, quando, na campanha da eleição municipal daquele ano, o JC precisou de um repórter para a cobertura da disputa.
Blog da Casa/ Elaine de Sousa - Você é conhecido por publicar tudo o que vê
e ouve... Como lida com suas fontes e o feed-back após a publicação das
matérias?
Nélson Gonçalves - Sempre que posso, ligo, mando e-mail ou converso com as fontes sobre o que foi publicado para discutir o conteúdo da matéria publicada, eventuais abordagens em desacordo ou outros ganchos ou subtemas não avaliados no texto publicado.
Blog da Casa/ Elaine de Sousa - O que a cobertura de política lhe ensinou
até hoje ?
Nélson Gonçalves - Que todos os jornalistas deveriam experimentar política para compreender mais profundamente as entranhas do poder, absorver a difícil tarefa de
tentar compreender as relações, quase sempre escondidas, entre afirmativa x intenção,
ação x estratégia, artimanha x articulação e fato x realidade.
Blog da Casa/ Elaine de Sousa - Como vê a não obrigatoriedade do diploma de
Jornalismo para o exercício da profissão?
Nélson Gonçalves - O prejuízo, na essência, não está exatamente na não exigência do diploma
como condição para o exercício da profissão mas, a meu juízo, na desregulamentação da profissão. A falta de regras para o exercício da atividade que mexe diretamente com a vida das pessoas vai trazer, infelizmente, prejuízos enormes à sociedade, à democracia e ao País. Mas esta é uma afirmativa impossível de abordar em poucas linhas...
Blog da Casa/ Elaine de Sousa - Qual a maior "focada" que você já cometeu?
Nélson Gonçalves - Fui chamado pelo assessor do então prefeito Izzo Filho, Vicente Girotto,
para uma reunião no Gabinete do prefeito, em 1997. Fui lá sem analisar a circunstância do inusitado convite de reunião e me deparei com embate que não tinha nada a ver com jornalismo ou pauta. Foi um erro de principiante, ir no território alheio sem observar as circunstâncias, a intenção e me preparar.
Blog da Casa/ Elaine de Sousa - Conteúdo ou embalagem? Por quê?
Nélson Gonçalves - O conteúdo. Porque ele não tem traços, não precisa de maquiagem para se expor e, se titubear, é pego pelo cheiro, pela cor ou pela sua própria e inconfundível identidade.
Ping-pong
Amo: a vida
Odeio: inveja
Medo: de Deus
Prazer: o violão
Desafio: ser feliz
Conquista: deixar Itaberá e a enxada
Palavra de ordem: respeito
Livro de cabeceira: As chaves do inconsciente (de Renate Jost De Moraes, Editora Vozes)
Para os ouvidos: MPB e samba de raiz
Para os olhos: a paisagem do Paranapanema, em Pirajú (SP)